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Análise acústica da voz traqueoesofágica em doentes laringectomizados: Estudo de casos

 

Paulo Rocha Pereira, Gabriela Torrejano, Marta Canas Marques, Ana Rita Santos

 

RESUMO

Objetivo: Nos indivíduos submetidos a laringectomia total (LT), entre Janeiro de 2008 e Dezembro de 2013, num serviço hos-pitalar em Lisboa, pretende-se (i) Identificar o número; (ii) Descrever as características demográficas, clínicas e as técnicas de reabilitação vocal realizadas; (iii) Determinar o tempo máximo de fonação (TMF) em três vogais; (iv) Analisar acusticamente a vogal /a/ e; (v) identificar o grau de satisfação com a comunicação e qualidade de vida. Métodos: Foram analisados processos clínicos e efetuada a análise temporal e análise acústica da voz utilizando-se o programa Praat®. Foi usado um questionário de autopreenchimento para avaliação do grau de satisfação. Resultados: Trinta e sete indivíduos foram submetidos a LT, 89% dos quais do sexo masculino e 56.8% em estadio IV A. A voz traqueoesofágica (VTE) foi o método de reabilitação mais utilizado (91%). Cinco homens com VTE, apresentam um TMF que varia entre uma média de 6.8 e 19.8 segundos para todas as vogais estudadas, uma média de frequência fundamental (F0) variável entre 72.3 e 337.3 Hz com desvio padrão entre 0.4 e 6.4 Hz, jitter entre <1.4% a 4.1% e harmonics-to-noise ratio (HNR) entre <3.9 a 10.6 dB. A maioria dos doentes com VTE considera-se satisfeito com o seu método de comunicação (80%) e acham a sua fala razoável (60%). Conclusão: Globalmente, a voz traqueoesofágia tem um TMF que varia entre curto e aceitável, uma voz variável, instável e com ruído elevado. O grau de satisfação com a voz e qualidade de vida é razoável.

Palavras-chave:  Laringectomia total; Voz traqueoesofágica; Tempo máximo de fonação; Análise acústica; Grau de satisfação

DOI: dx.doi.org/10.21281/rptf.2016.06.07

 
Copyright © 2016 Associação Portuguesa de Terapeutas da Fala
 
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