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Competências fonológicas em crianças de cinco anos de idade que gaguejam

 

Mónica Rocha, Alexandra Reis, Jaqueline Carmona

 

RESUMO

Objetivo:O presente estudo pretende clarificar as seguintes questões: (i) será que as crianças que gaguejam apresentam processos fonológicos não esperados para a idade comparativamente aos seus pares fluentes?; (ii) existirá alguma relação entre a gaguez e o tipo de processos fonológicos?; (iii) existirá alguma relação entre o tipo de disfluências e a presença de processos fonológicos, não esperados para a idade? Métodos: Foram avaliadas dezasseis crianças do sexo masculino com uma média de idade de cinco anos e três meses (DP=1.51), divididas em dois grupos: crianças que gaguejam e crianças que não gaguejam. O discurso espontâneo foi analisado ao nível da fluência e da fonologia. Resultados: Os resultados demonstram a presença de um maior número de processos fonológicos não expectáveis para a idade no grupo de crianças que gagueja, nomeadamente uma ocorrência superior de ‘substituição de líquidas’ e ‘omissão de líquidas’, comparativamente ao grupo controlo. Foi ainda possível observar uma correlação negativa significativa entre a frequência relativa de processos fonológicos e a frequência relativa de prolongamentos no grupo de crianças que gagueja, sugerindo uma maior ocorrência de prolongamentos em crianças com uma frequência menor de processos fonológicos. Conclusão: O presente estudo documenta uma maior ocorrência de disfluências, aquando o aumento da complexidade fonológica e está de acordo com a hipótese Covert-Repair-Hypothesis.

Palavras-chave:  Linguagem; Processos fonológicos

DOI: dx.doi.org/10.21281/rptf.2016.06.01

 
Copyright © 2016 Associação Portuguesa de Terapeutas da Fala
 
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