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RPTF | VOLUME 2 | ANO II

Rastreio de alterações de comunicação: contributo dos educadores 

 

Ana Rita Costa | Anabela G. Silva

 

RESUMO

Objetivo: Avaliar a utilidade clínica (fiabilidade inter-observadores e validade de critério) das fichas de sinalização do Portage, quando aplicadas por educadores, na identificação de perturbações de comunicação. 

Métodos: Foi solicitado e obtido o parecer favorável para a realização deste estudo ao Serviço de Bioética e Ética Médica do Departamento de Clínica Geral da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. A amostra foi selecionada por conveniência. Este estudo foi constituído por 3 fases: na fase 1 foi realizada a adaptação das fichas de sinalização do Portage e formação aos educadores; na fase 2 as crianças foram avaliadas por uma terapeuta da fala; e a fase 3 correspondeu ao preenchimento das fichas de sinalização pelas educadoras. Os resultados do preenchimento das fichas de sinalização pelos educadores foram comparados com a avaliação realizada por um terapeuta da fala. 

Resultados: A amostra foi constituída por crianças dos 0 aos 6 anos que tinham como língua materna o Português-Europeu, num total de 26 crianças, desde o berçário ao pré-escolar. O valor do CCI para a correlação entre os resultados obtidos na aplicação das fichas de sinalização pelas educadoras e pela terapeuta da fala revela uma concordância excelente. Os valores para a correlação entre os resultados das fichas de sinalização preenchidas pelas educadoras e os resultados dos instrumentos de avaliação da comunicação (TALC e ALPE) aplicados pela TF revelam uma correlação elevada e estatisticamente significativa. 

Conclusão: Os resultados sugerem que as fichas de sina- lização do modelo Portage poderão ser úteis na identificação de alterações de comunicação, levada a cabo pelos educadores, o que poderá permitir uma identificação mais eficaz, para além de diminuir o tempo necessário ao rastreio e os custos associados. 

 

Palavras-chave: Perturbações da Comunicação, Comunicação, Discurso, Linguagem, Intervenção Precoce 

 

DOI: dx.doi.org/10.21281/rptf.2014.02.02


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