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O conhecimento e atitude dos professores do primeiro ciclo do ensino básico, da Região

Autónoma da Madeira, face às crianças que gaguejam: Um estudo piloto

 

Cláudia Nóbrega, Brito Largo

 

RESUMO

Objetivo: Averiguar se a formação dos professores contempla a temática da gaguez; Identificar os conhecimentos dos professores sobre gaguez e a forma como lidam com as crianças que gaguejam (p. ex. atitudes e estratégias); Determinar a necessidade de intervenção junto dos professores, por parte do terapeuta da fala. Métodos: Estudo observacional descritivo transversal, com realização de uma entrevista semi-estruturada a nove professores do primeiro ciclo do ensino básico da Região Autónoma da Madeira, com experiência no ensino de crianças com gaguez. Resultados: Os nove professores inquiridos reportam a escassez de conhecimentos face à gaguez e afirmam que esta temática não é contemplada na sua formação. Definem gaguez como uma perturbação de fala ou de linguagem. Identificam-na pela repetição de sílabas, pausas e bloqueios e afirmam que a sua causa advém de um trauma/susto na infância. Confrontados com alunos que gaguejam demonstram preocupação, realizam pesquisas ou seguem a sua intuição. Ter paciência, dar tempo, não valorizar a gaguez, terminar palavras e/ou frases, e avaliar individualmente as crianças que gaguejam, são atitudes frequentemente adotadas. Para os inquiridos, o terapeuta da fala é o profissional mais habilitado para auxiliar crianças que gaguejam. Todos os professores afirmam a necessidade em adquirir mais conhecimentos sobre gaguez e que esse facto pode ter impacto nas suas atitudes e perceções relativamente aos alunos que gaguejam.

Conclusão:  Foram identificados aspetos vulneráveis sobre o conhecimento e atitude dos professores sobre o assunto, o que deixa antever a necessidade de realização de um estudo mais alargado para compreender melhor esta realidade.

 

Palavras-chave:  Gaguez; Professor; Crianças; Terapeuta da fala

DOI: dx.doi.org/10.21281/rptf.2015.04.03


 
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