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Progressão da ingestão oral em pacientes traqueostomizados com disfagia orofaríngea após intervenção fonoaudiológica 

 

 Christiane Bragazzi, Danielle Oliveira, Mariana Brendim 

RESUMO

Objetivo: Em pacientes traqueostomizados com disfagia orofaríngea: (i) identificar se existe progressão da ingestão oral após a intervenção fonoaudiológica e (ii) identificar as condições clínicas que influenciam a ingestão oral após a intervenção fonoaudiológica.  Métodos: Estudo observacional, retrospetivo, desenvolvido em um hospital terciário, no qual participaram pacientes traqueostomi-zados, entre os 18 e os 99 anos de idade, e submetidos a intervenção fonoaudiológica durante o período de internamento hospitalar. Foi criado um questionário/guião para coleta de informação no banco de dados hospitalar. De acordo com a escala funcional de ingestão oral (FOIS), os pacientes foram divididos em dois grupos: que progrediram e que não progrediram a ingestão oral após intervenção fonoaudiológica. Os dados foram tratados estatisticamente através dos testes t-pareado, t-independente e qui-quadrado. 

Resultados: Foram selecionados 394 pacientes, com média de idade de 69 anos. O diagnóstico clínico mais frequente foi doença respiratória (71%) e a maioria dos pacientes (62%) encontrava-se em unidades de cuidado intensivo. Existiu progressão da ingestão oral em 69% dos pacientes. As medianas da FOIS, pré e pós intervenção fonoaudiológica, foram um (1–1) e quatro (1–7), respeti-vamente. A idade, o tempo de internamento, o diagnóstico (doença neurológica), a intercorrência clínica, a condição dentária e a condição respiratória no desfecho da intervenção fonoaudiológica foram condições que diferiram significativamente entre os grupos que progrediram e que não progrediram na ingestão oral.  Conclusão: A maioria dos pacientes progrediram na ingestão oral. Em relação aos que não progrediram, a idade era significativamente menor, permaneceram menos tempo internados, sem intercorrência clínica e sem suporte ventilatório. 

 

Palavras-chave:  Disfagia; Traqueostomia; Intervenção fonoaudiológica; Ingestão oral. 

DOI: dx.doi.org/10.21281/rptf.2015.04.03

 
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